Hoje em dia, mesmo com a crise, não são poucos os casais que
desejam ter filhos. Quando um dos membros do casal tem o azar de ser infértil,
poderão haver consequências a nível psicológico e social, o que muitas vezes
leva á destruição da relação do casal.~
Neste blogue, tentamos dar um apoio às mulheres,
evidenciando as causas que levam á infertilidade feminina, e possíveis
tratamentos para os diversos problemas. São muitas as doenças que originam a
infertilidade, contudo, tentámos destacar as que mais se revelam nas mulheres.
Factores como o peso, álcool, drogas e má alimentação, também são factores que
influenciam a fertilidade feminina.
Ao manter uma alimentação cuidada, uma vida saudável e ao
consultar regularmente o medico ginecologista, a mulher previne-se dos
problemas relacionados com fertilidade e através de consultas vai controlando
qualquer problema que eventualmente possa surgir.
No nosso pais temos cerca de 10-15% das mulheres inférteis,
e na maioria dos casos, a infertilidade poderia ter sido evitada através de
exames e consultas regulares.
No caso da endometriose, por exemplo, a genética está
relacionada com a doença. Caso alguma mulher da família tenha sido
diagnosticada com esta doença, a probabilidade das mulheres nas próximas gerações
desenvolverem a doença, é maior.
Nos dias de hoje, já existe um grande numero de
procedimentos cirúrgicos e através de medicamentos para tratar ou acalmar as
patologias, mas, caso nenhum resulte, existe a possibilidade da “barriga de
aluguer”- que consiste num acordo (contrato de gestação) em que uma mulher
aceita engravidar com o objectivo de dar a luz uma criança destinada a outros -
ou há a possibilidade da adoção.
Com a evolução da tecnologia e
também com a evolução cientifica-medica, foi possível no Japão, criar um útero artificial.
“Nestes úteros, fetos de cabra foram ligados a cateteres através dos grandes
vasos sanguíneos, no cordão umbilical. O aparelho fornece aos fetos sangue
oxigenado enquanto permanecem suspensos em incubadoras que contêm liquido
amniótico artificial, aquecido á temperatura do corpo”. (fonte: http://visoesatuaisdomundo.blogspot.pt/2013/11/cientistas-japoneses-criam-um-utero.html)
É claro que, como é tudo tão
novo, existem diversas questões éticas no que diz que respeito a isto, fazendo
com que até os próprios inventores sintam um certo receio do caminho por onde
estão ir.
A gonorreia e uma infeção sexualmente transmissível
(IST).A infeção pode afetar todas as partes do corpo,embora afete
principalmente as zonas genitais. A gonorreia e uma doença que pode afetar
tantos a mulheres como os homens e os recém-nascidos, também podem ser afetados
por esta doença durante a sua nascença, ficando principalmente com danos
visuais
A gonorreia é
uma infeção sexualmente transmissível (IST),cousada por uma bactéria Neisseria gonorrhoeae, que cresce
e multiplica-se em áreas quentes e
húmidas do corpo, incluindo o canal que leva a urina para fora do corpo
(uretra). Em mulheres, a bactéria pode ser encontrada no sistema reprodutor
(que inclui as trompas de Falópio, o útero e o colo do útero). A bactéria pode
se desenvolver até mesmo nos olhos.
Transmissão da
gonorreia
A gonorreia transmite-se através do ato sexual desprotegido,
através de via( oral, vaginal e anal),a bactéria pode propagar-se
através da corrente sanguínea para outras partes do corpo, especialmente a pele
e as extremidades. Nas
mulheres, pode subir pelo trato genital para infetar as membranas que se
encontram dentro da bacia, causando dor pélvica e problemas reprodutivos. Localização da infeção (uretra, ânus ou garganta), está
relacionada à via de infeção e ao tipo de relação sexual.Embora menos frequente, a transmissão
pode ocorrer de mãe para filho durante o parto. Nesse caso, a conjuntiva do
bebê pode ser infecta da, ocasionando a conjuntivite gonocócica.
Sintomas:
Em geral os primeiros sintomas para as mulheres
são leves,
Costumam aparecer de 2 a 10 dias depois do contato sexual com
parceiro infectado. Quando a mulher apresenta sintomas, os primeiros deles
podem incluir: * Sangramento durante intercurso vaginal. * Sensação de dor ou queimação ao urinar. * Corrimento vaginal amarela ou com sangue
Sintomas mais avançados, os quais podem indicar
o desenvolvimento de doença inflamatória pélvica, incluem cólicas e dor,
sangramento fora do período de menstruação, vômito e febre.
Tratamento da gonorreia para adultos e recém-nascidos:
Esta infeção sexualmente transmissivel,em grande numero é diagnosticada a
partir da análise de um corrimento ou secreções, quando de tal modo esta
infeção se alastrou pelo corpo e efetuado análises ao sangue
Clínico
(principais sintomas): Entre dois e oito dias após relação sexual desprotegida,
a pessoa passa a sentir ardência e dificuldade para urinar. Às vezes, pode-se
notar um corrimento amarelado ou esverdeado - até mesmo com sangue - que sai
pela vagina, na mulher.
O
tratamento da gonorreia pode ser feito com a toma de antibióticos, como
por exemplo:
1
injeção de Ceftriaxona 250 mg ou
1 comprimido
de Cefixima 400 mg ou
2
comprimidos de Ciprofloxacino 500 mg ou
2
comprimidos de Ofloxacina 400 mg ou
2
comprimidos de Doxiciclina 100 mg por dia, durante 7 dias ou
1
comprimido de Azitromicina 1 g.
Nos
bebês, a dose recomendada é de 25 a 50 mg/Kg de Ceftriaxona, de 7 a 10 dias.
Prevenção da gonorreia:
A maneira mais pratica de prevenir este
tipo de doença sexualmente transmissível e a abstinência de relações sexuais
desprotegidas, ou ter uma relação de longo prazo com um parceiro testado e que
você sabe não estar infectado.Preservativos de látex,
quando usados consistentemente e corretamente, podem reduzir o risco de
transmissão da gonorreia.
Ao aparecimento de qualquer sintoma que possa
indicar gonorreia, deve-se parar de ter relações sexuais e procurar um médico
imediatamente. Caso a pessoa seja diagnosticada com gonorreia, ela deve
informar seus parceiros sexuais recentes para que eles procurem um médico e
possam ser tratados. A pessoa com gonorreia e seu parceiro sexual devem evitar
o sexo até que o tratamento da gonorreia
tenha sido terminado.
O tratamento da clamídia é
feito através de antibióticos, sendo a Azitromicina o antibiótico mais
utilizado. Nos pacientes com linfogranuloma venéreo ou com infeção anal, o
antibiótico mais indicado é a Doxiciclina. O paciente infetado que está a
realizar tratamento, não deve ter atividade sexual pelo menos durante os
primeiros sete dias após iniciar o tratamento. Todos os parceiros sexuais da pessoa infetada
devem realizar tratamento, mesmo que não apresentem sintomas. Todas as pessoas
que já tenham tido clamídia e foram tratadas, podem voltar a contrair a
infeção(nunca se fica imune).
Secreções vaginais
agressivas:
A
vagina tem várias glândulas que, conjuntamente com o colo do útero, produzem
secreções vaginais que, entre outros, permitem a lubrificação da vagina. Esta
lubrificação é essencial para a relação sexual e para impedir que seja alvo de
lesões ou infeções. Estas secreções têm um pH ácido e microrganismos que
impedem a proliferação de outros indesejáveis.
Por
vezes, devido a fatores internos ou externos, as características das secreções
vaginais são alteradas. Isto pode ser derivado de infeções gerais, diabetes,
ingestão de antibióticos ou mesmo uma gravidez. Nestes casos, o pH das
secreções pode sofrer uma alteração brusca ou até mesmo destruir os
microrganismo nelas existentes. Nesta última hipótese, as bactérias destruídas
seriam substituídas por outras mais agressivas.
Por
outro lado, os espermatozoides têm um pH alcalino que contrabalança o ácido da
vagina. Desta forma, a passagem dos espermatozoides pela vagina pode ser
comprometida quer pelo pH das secreções quer pelas bactérias agressivas.
O muco cervical que é
segregado por glândulas localizadas no útero ,tem como função principal impedir
o alastramento de infeções por outro lado na altura da fecundação, facilitar a
mobilidade dos espermatozoides A viscosidade e a espessura do muco cervical variam consoante a
concentração de hormonas ováricas, em particular de estrogénio no sangue.
Durante período fértil por norma , a espessura do muco apresenta-se mais
reduzida(em norma) sem que haja qualquer tipo de anomalia, para permitir a
passagem de esperma para o útero, e consequentemente os espermatozoides para
as trompas de Falópio, para que ocorra a fertilização do oócito II
(em metáfase II suspensa).
Se a mulher por algum motivo não conseguir produzir muco cervical em
quantidades significativas isto ira intervir no desempenho dos espermatozoides,
na chegada ao se objetivo que é a cavidade urina nem alcançar o oócitos II com
o objetivo de o fecundar
De uma maneira geral este défice de muco não e assim tao facilmente
detetado,mas
Uma mulher com o ciclo menstrual regularizado e normal poderá aperceber-se
de um aumento do fluxo vaginal a meio do ciclo menstrual.
Para este problema ser detetado é necessário a realização de um teste, o
teste pós-coital. Neste teste é analisada a qualidade do muco, em diferentes
fases do ciclo feminino.
Causas que influenciam este problema:
Uma das principais causas deste problema é a existência de
um desiquilíbrio hormonal, principalmente nas concentrações de
estrogénio no sangue (pois esta controla a viscosidade e a espessura
do muco). Também algum tipo de infeções e medicamentos podem provocar este
problema.
Tratamento deste problema:
Realizam-se exames e se o resultados destes revelarem que o pH da vagina é
baixo, esta situação pode ser revertida através de lavagens vaginais ou aplicar
uma solução neutralizante de bicarbonato de sódio na vagina. Se depois de
recorrermos a estes métodos o pH continuar a ser baixo, para que este não afete
os espermatozoides, recorre-se a uma inseminação intrauterina.
O colo do útero faz a ligação entre o útero e a vagina e é uma
estrutura pequena que constitui a entrada do deste.
O cancro no
colo do úteroé umtumormaligno dos tecidos doútero que afecta principalmente
dois locais:
Colo do útero
Endométrio
Em casos raros, omúsculouterino é afectado por um tipo decancroconhecido comoleiomiossarcoma.
O cancro do colo do
útero começa na camada mais superficial do colo do útero, denominada de
epitélio cervical. É aqui que se iniciam as pequenas alterações que
posteriormente tornam as células epiteliais normais em células cancerosas que
se multiplicam descontroladamente.
O tumor cresce,
geralmente, de forma lenta e permanece restrito ao revestimento do colo do
útero durante cerca de 10 anos. Quando se estende para além desta camada,
aumenta o risco de afetar os órgãos próximos, incluindo o útero, a vagina, a
bexiga e o recto.
Fig.1 Diferenças entre um cervix saudavel e com cancro
Comparando com os outros cancros, as causas da transformação
maligna das células cervicais que provocam a formação do tumor ainda não
são conhecidas com precisão, porém, observou-se que os tumores malignos do colo
do útero são mais frequentes nas mulheres que tenham tido filhos e nas que
mantêm uma vida sexual activa durante muitos anos, sobretudo caso tenham tido
vários companheiros sexuais.
Todavia, estes tumores aparecem menos em mulheres que não tenham relações sexuais. Esta maior
incidência do cancro do colo do útero em mulheres sexualmente activas deve-se,
provavelmente, às várias infecções sexualmente transmissíveis, sobretudo as
infecções provocadas pelo vírus do herpes tipo 2 e o vírus do papiloma humano
(HPV), que constituem um factor de predisposição. Por outro lado, é provável
que, em alguns casos, exista uma predisposição genética transmitida de forma
hereditária, já que o cancro do colo do útero é especialmente frequente nas
mulheres com antecedentes familiares do problema.
Quando fumadoras, as mulheres
têm uma maior probabilidade de desenvolver anomalias no colo do utero se forem
infetadas pelo HPV, tal como as que estão infectadas pelo vírus da
imunodeficiênciahumana(VIH).
Sintomas
As alterações pré-cancerígenas e os cancros precoces do colo do útero não
tendem a provocar dor ou outros sintomas. É importante não esperar até surgirem dores para consultar o médico.
Quando a doença se agrava, a mulher pode apresentar um ou mais dos
seguintes sintomas:
Hemorragia vaginal anormal
Hemorragia entre períodos menstruais regulares.
Hemorragia após relação sexual, irrigação vaginal ou exame pélvico
Períodos menstruais mais prolongados e intensos do que anteriormente
Hemorragias após a menopausa
Aumento do corrimento vaginal
Dor pélvica
Dor durante as relações sexuais
Estes sintomas poderão ter a ver com infecções ou outros problemas de saúde
e só o médico está habilitado a fazer esta avaliação. As mulheres que tenham
algum destes sintomas devem consultar um médico para que seja possível diagnosticar
e tratar eventuais problemas que surjam.
Diagnostico
O diagnóstico é realizado, geralmente,
através do exame ginecológico, em que, ao inspeccionar o colo do útero e a
vagina, o médico realiza igualmente um teste de Papanicolau. Durante este teste,
obtém-se uma amostra de células da superfície e do canal do colo do útero que
será examinada posteriormente num laboratório. Este teste é um procedimento
rápido e indolor que permite detectar a presença de células anormais ou
possivelmente cancerosas.
Caso sejam detectadas células anormais o
médico recorre ao seguinte procedimento:
Examinar novamente colo do útero e vagina, mas agora com um instrumento de
ampliação.
Realizar uma biópsia, onde é removido um pequeno fragmento de tecido do
colo do útero para ser examinado num laboratório.
Obter uma raspagem das células situadas do lado de dentro da abertura
interna do colo do útero.
Realizar um teste do ADN para identificar a presença de uma infecção pelo
HPV.
O teste do ADN é possível identificar também
o tipo de HPV o que permite uma avaliação do risco de desenvolver cancro do
colo do útero, uma vez que apenas alguns tipos de HPV estão relacionados com
este tipo de cancro.
Se o teste de ADN para o HPV sugerir um
risco mais elevado de desenvolvimento de cancro poderá ser necessária a
realização de testes adicionais. Em contrapartida, as mulheres que apresentam
um risco mais baixo podem esperar alguns meses antes de realizarem um novo
esfregaço de Papanicolau de seguimento.
Tratamento
Não cirúrgico
Radioterapia ou medicamentos antineoplásticos
Antineoplásicos são substâncias que
impedem o desenvolvimento, crescimento ou proliferação de células de tumores
malignos. Estas substâncias podem ser de origem natural, sintética ou
semi-sintética.
Cirúrgico
O cancro do endométrio em fase muito avançada
é geralmente tratado através de histerectomia (remoção completa do útero e do colo do
útero) simples e remoção das trompas de Falópio e dos ovários.
Alguns cirurgiões aconselham também a
remoção dos gânglios linfáticos da pelve e do abdómen.
O estado do cancro é determinado pela
extensão da sua disseminação.
Estadio 0: o cancro permanece dentro da camada superficial.
Estadio I: o cancro permanece dentro do colo do útero.
Estadio II: o cancro estende-se para fora do colo do útero, mas não atinge
a parede pélvica, nem a porção inferior da vagina.
Estadio III: o cancro estende-se para a parede pélvica, para a porção
inferior da vagina ou para os ureteres (tubos musculares que ligam os rins à
bexiga).
Estadio IV: o cancro estende-se para fora da região pélvica ou envolve a
bexiga, o recto ou ambos.
Para o cancro no Estadio 0 ou no Estadio
I, o tratamento recomendado deverá ter sempre em consideração se a paciente
pretende ter filhos. Numa grávida a quem seja diagnosticado um cancro do colo
do útero no Estadio 0 ou no Estadio I pode ser possível adiar o tratamento até
depois do parto.
Uma mulher com um cancro no Estadio 0 e
que ainda pretende ter filhos é geralmente sujeita a uma intervenção cirúrgica
onde se realiza uma das seguintes opções de tratamento:
Aquecimento e vaporização da camada tecidular superficial
Congelação do tecido epitelial para destruir as células anormais
Remoção cirúrgica de um fragmento de tecido do colo do útero com a forma de
um cone (conização)
Remoção das células anormais do colo do útero utilizando uma corrente
eléctrica
Após estas intervenções, as mulheres
deverão realizar testes de Papanicolau frequentes para analisar a presença de
células anormais.
As mulheres com um cancro no Estadio I
que pretendem engravidar, podem ser apenas submetidas a uma remoção de um
fragmento de tecido do colo do útero com a forma de um cone.
Nas mulheres que não desejam engravidar,
o tratamento para o cancro no Estadio I, passa geralmente por uma histerectomia total.
Os cancros no Estadio I e II de maiores dimensões podem requerer uma histerectomia radical ou então radioterapia com quimioterapia. A escolha entre a cirurgia e a radioterapia depende da idade e do estado de saúde da mulher. Também deverá ser tomada em consideração a preocupação da mulher no que diz respeito aos efeitos secundários ou complicações.
O cancro nos Estadios III e no Estadio
IV devem ser tratados com radioterapia, sendo que a combinação de quimioterapia
com a radioterapia permite melhorar a sobrevivência nestes estádios mais
avançados.
A necessidade de ser mãe é intrínseca a muitas mulheres. Devido a este facto, casais que sofrem de infertilidade gastam milhões de euros todos os anos, em opções fornecidas pela mais alta vanguarda científico-médica, como a inseminação intrauterina, injeção intracitoplasmática (ICSI), injeções hormonais, fertilização in vitro (FIV) entre outros que poderão consultar no blog: http://rmaplar.blogspot.pt/.
Infelizmente muitas mulheres, mesmo com métodos de reprodução medicamente assistida (RMA) anteriormente citados, não conseguem procriar, o que poderá suscitar frequentemente depressões e situações de stress que afetarão não só a saúde da mulher como também a do casal. Mas existem outras opções que são consideradas como viáveis para saciar o desejo de ser mãe. Neste artigo irá ser abordado aMaternidade de Substituição, sendo este um tema que merece um esclarecimento para todas as mulheres em situação de infertilidade, ou outrem.
Maternidade de Substituição
A maternidade de substituição
(também conhecida por barriga-de-aluguer) é
um acordo em que uma mulher aceita engravidar com o objetivo de dar à luz uma criança destinada a ser criada por outrem. O bebé
pode ser filho biológico da mulher em estado de gravidez ou ser fruto
do óvulo de uma outra mulher previamente fertilizado e
implantado no útero da gestante. Apesar de ter efetuado uma pesquisa exaustiva, não encontrei informações sobre a maternidade de substituição ter sido legalizada em Portugal. ou seja, se decidir recorrer a este método terá de fazê-lo num país onde a sua legislação o permita, não correndo quaisquer riscos de ilegalidades. No entanto há que referir, que a legalidade da maternidade de substituição é um tema que ainda é discutido na Assembleia da República.
De acordo com o jornal Expresso, o Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida , terá acordado que para recorrer a este processo, a
gestante e os futuros pais terão de aceitar um contrato de gestação que abrange 13 ou mais critérios definidos pela CNECV, pela gestante ou pelo casal ou individual. Os critérios básicos definidos
pelo CNECV:
A gestante de
substituição e o casal beneficiário estão cabalmente informados e esclarecidos,
entre outros elementos igualmente necessários, sobre o significado e
consequências da influência da gestante de substituição no desenvolvimento
embrionário e fetal (por exemplo, epigenética), constando tal esclarecimento
detalhado no consentimento informado escrito, assinado atempadamente.
O consentimento
pode ser revogado pela gestante de substituição em qualquer momento até ao
início do parto. Neste caso a criança deve ser considerada para todos os
efeitos sociais e jurídicos como filha de quem a deu à luz.
O contrato
entre o casal beneficiário e a gestante de substituição deve incluir
disposições a observar em caso de ocorrência de malformações ou doença fetais e
de eventual interrupção voluntária da gravidez.
A gestante de
substituição e o casal beneficiário devem estar informados que a futura criança
tem o pleno direito a conhecer as condições em que foi gerada.
A gestante de
substituição não deve simultaneamente ser dadora de ovócitos na gestação em
causa.
A gestante de
substituição tem que ser saudável.
As motivações
altruístas da gestante de substituição devem ser previamente avaliadas por
equipa de saúde multidisciplinar, não envolvida no processo de PMA.
Quaisquer
intercorrências de saúde ocorridas na gestação (a nível fetal ou materno) são
decididas exclusivamente pela gestante de substituição com o apoio de equipa
multidisciplinar de saúde.
Cabe ao casal
beneficiário, em conjunto com a gestante de substituição, decidir a forma de
amamentação (devendo, em caso de conflito, prevalecer a opção do casal
beneficiário).
É legalmente
inaceitável a existência de uma relação de subordinação económica entre as
partes envolvidas na gestação de substituição.
O contrato
sobre a gestação de substituição (celebrado antes da gestação) não pode impor
restrições de comportamentos à gestante de substituição (tais como
condicionamentos na alimentação, vestuário, profissão, vida sexual).
O embrião
transferido para a gestante de substituição tem como progenitores gaméticos,
pelo menos, um dos elementos do eventual casal beneficiário.
A lei sobre
esta matéria e sua regulação complementar serão obrigatoriamente reavaliadas
três anos após a respetiva entrada em vigor.
Maternidade de Substituição- Uma opção viável?
A maternidade de substituição poderá oferecer ao casal ou individual:
a oportunidade de ter um filho biológico através de métodos de
reprodução medicamente assistidos confinados à futura gestante;
o privilégio de poder
acompanhar a gravidez do “útero de aluguer" dos futuros pais, através de um acompanhamento frequente efetuado à gestante;
a oportunidade de criar o bebé desde o dia em que nasce.
Apesar de fornecer oportunidades não existentes na adoção,
existem várias questões éticas e diversas implicações sociais que abrangem este método , sendo estes os motivos pelos quais este método tem criado tanta discussão tanto ao nível da assembleia geral como do país inteiro, e que ainda se encontra ilegalizado em Portugal.
Vários problemas
poderão surgir, nomeadamente, ao nível da gestante que ao ter o feto no seu seio
uterino, poderá começar a tê-lo em conta como seu filho e após o seu nascimento e apesar de ter assinado um contrato de
gestação, luta pela sua custódia perturbando o normal ambiente familiar. Outro problema reside no facto da maternidade de substituição poder surgir como opção a mulheres que por mera futilidade, querem ter um filho, sem correr o risco de "estragar" o seu corpo. Tornando todo o processo, num ato de futilidade e como consequência, sem qualquer fundamento. Há que referir que a ilegalização da prática em Portugal poderá fomentar situações que poderão por em risco a saúde do bebé, pois sendo praticada de modo extrajurídico, os termos e condições serão sublinhados pelos futuros pais e gestante, que muito provavelmente não terão o melhor conhecimento sobre como lidar com a situação.
Ter-se-à de ter em conta que a maternidade de substituição consiste numa parceria deveras importante entre gestante e pais, que será marcante e fundamental para o desenvolvimento normal do bebé num seio que, por sua vez, não será o materno. O que está em questão, afinal, é a vida de uma pessoa, sendo que dever-se-à confiar completamente na gestante e no papel que terá na vida deste bebé. Na minha opinião, deverá também ser definido, caso este processo se legalize, que só poderão recorrer a este método de gravidez, mulheres que não conseguem ter filhos, ou que têm alguma doença genética, ou qualquer outro motivo de força maior que não lhes permite a procriação.
Eis um caso onde a "mãe de aluguer" ganhou custódia parental:
No ano de 2012, Farzana Naheed acordou ter um filho para um casal infértil, mas após o
nascimento da bebé Fatima decidiu ficar com ela levando o casal a tribunal. Depois
de uma árdua batalha judicial, o paquistanês-americano Farooq Siddiqui não
conseguiu provar que era de facto o pai biológico da menina e que ele e a sua
mulher tinham feito um acordo de maternidade de substituição, que alegadamente
nunca existiu. Este caso é a prova inequívoca de que a maternidade de substituição necessita de uma legislação rigorosa, com termos bem definidos tanto pela gestante como pelos futuros pais, de modo a evitar situações do mesmo género.
A Endometrite é o processo inflamatório da mucosa uterina provocado por infeções microbianas/virais e por causas mecânicas, tóxicas ou circulatórias. Esta patologia é mais comum nos países subdesenvolvidos sendo que as condições de higiene são mais desfavoráveis a população está mais propícia a contrair infeções. O tratamento geralmente é feito com antibióticos, mas em casos mais graves, será necessário proceder a uma histerectomia.
Os fatores que desencadeiam a endometrite são diversos, das quais merecem destaque: DST's (doenças sexualmente transmissíveis), lesões devido ao parto, procedimentos ginecológicos executados sem precisão ou higiene, ou métodos contracetivos utilizados de modo prolongado e inadequado (DIU).
As principais DST's que originam esta patologia são a gonorreia, sífilis e clamídia. A única forma de prevenir a transmissão destas doenças é a utilização do preservativo, sendo que muitas vezes os portadores destas são assintomáticos.
O DIU (Dispositivo Intrauterino) quando utilizado de forma prolongada ou inadequada também poderá originar graves inflamações ao nível do útero, sendo uma das principais causas da endometrite nos países desenvolvidos.
As lesões mecânicas são particularmente evidentes no caso dos abortos, partos ou procedimentos ginecológicos simples geralmente efetuados por pessoal não classificado e em condições de esterilidade e higiene muito baixas.
Sintomas
Existem diversos sintomas que indicam que uma mulher poderá
ter endometrite:
Inchaço
ou distensão abdominal;
Hemorragias
vaginais anormais;
Corrimento
vaginal anormal com cor amarelada ou acastanhada e cheiro intenso;
Obstipação
forte;
Febre
acima dos 38oC;
Dor
abdominal ou pélvica crónica, sendo mais acentuada na fase de menstruação;
Tecido Cicatricial/Aderências: as infeções uterinas poderão originar inflamações que aquando a sua severidade poderão resultar em lesões tanto ao nível do útero como ao nível das trompas. No caso das trompas, poderá ser criado um tecido cicatricial designado por aderências, que resultará numa obstrução tubar, impedindo o transporte do embrião, ou até mesmo a própria fecundação. Ao nível do útero, este tecido cicatricial denomina-se por sinéquias uterinas.
Auto-anticorpos: anticorpos Ig e IgA e linfócitos podem sofrer um acréscimo
notável no endométrio de uma mulher que tem endometrite. Estas substâncias, em
níveis anormais, interferem com a nidação, sendo que o zigoto formado é tido em
conta como um “corpo desconhecido”. Assim, os anticorpos e linfócitos entram em
ação, rejeitando o embrião. Seguidamente, este é expelido pelo orifício
vaginal.
Diagnóstico
O Teste de Papanicolau é um exame
ginecológico realizado com o objetivo de prevenir o cancro do colo de útero. O
papanicolau também é capaz de identificar infeções causadas por vírus no colo
do útero e infeções vaginais como as de etiologia fúngica. Este teste
consiste basicamente na colheita de tecido do colo uterino com
uma espátula, sendo este material colocado numa lâmina e
analisado posteriormente, verificando-se se o tecido se encontra
inflamado. Outro
diagnóstico, mais invasivo, será a Laparoscopia, um procedimento cirúrgico
onde uma câmara é utilizada para observar a cavidade abdominal. Este procedimento permite um
diagnóstico com uma ínfima margem de erro, sendo que a partir deste exame o médico
consegue uma visão nítida das lesões causadas pela inflamação do endométrio.
Antibióticos: Como já fora anteriormente salientado as doenças que poderão originar a
endometrite são a sífilis, clamídia e gonorreia. O tratamento destas doenças,
por sua vez, baseia-se na administração de antibióticos. No caso da gonorreia
são utilizados com mais frequência os antibióticos: Ceftriaxona, Ciprofloxacino
e Azitromicina; no tratamento da sífilis: Penicilina G; por fim, na clamídia:
Azitromicina e Metronizadol. O tratamento destas patologias resulta num avanço do tratamento da endometrite.
Anti-inflamatórios: os anti-inflamatórios
não esteróides controlam a inflamação, podendo reduzir as dores. São exemplos
destes, o ibuprofeno e o naproxen.
Tratamento Cirúrgico
Cistectomia: consiste na cisão das adesões e na restauração de uma anatomia pélvica normalizada. Pequenos instrumentos são inseridos nas incisões para retirar o tecido inflamado e cortar as aderências. O médico recorre a esta cirurgia quando a paciente apresenta obstrução ao nível das trompas de Falópio ou sinéquias uterinas.
Histerectomia Vaginal: esta é uma
operação cirúrgica da área ginecológica que consiste na
remoção do útero. A histerectomia pode ser total, quando se retira o útero
na sua totalidade, ou subtotal, quando não se retira o colo do útero. Esta
operação é efetuada em casos muito severos, ou seja, quando o útero se encontra
da tal modo inflamado e infetado que a única solução será a sua remoção.