Também
conhecida por síndrome de Stein-Leventhal, esta síndrome corresponde a um
distúrbio nas hormonas nas mulheres. A cada ciclo ovárico, um folículo
amadurece libertando um oócito II que prossegue pela trompa de Falópio para ser
ou não fecundado.
Quando
uma mulher não completa o amadurecimento do folículo, vai acumulando quistos
ováricos, que no geral não são malignos para a saúde da mulher, mas impedem a
formação de outros oócitos maduros ou a não ovulação. A não ovulação pode
provocar a falta de menstruação que tem como consequência a hiperplasia endometrial (excesso de endométrio) e
complicações metabólicas.
Figura 1. Diferença
entre um ovário normal e um ovário poliquistico
Fonte: http://drcarlosrey.blogspot.pt/2012/07/ovarios-policisticos.html
Fonte: http://drcarlosrey.blogspot.pt/2012/07/ovarios-policisticos.html
Etiologia
Isto tudo é causado pela existência de um desequilíbrio entre
a hormona LH e FSH, podendo concluir-se que a a situação deve-se a uma
disfunção do complexo hipotálamo-hipófise. A hormona GnRH produzida pelo hipotálamo
tem impacto direto nas foliculostimulinas secretadas pela hipófise. Porém, a acção de LH e FSH no corpo luteo e
nas células da granulosa, respectivamente, regula a função dos ovários, sendo fundamentais
ao amadurecimento dos folículos.
Na doença dos ovários poliquísticos, há um défice de FSH e uma estimulação excessiva
dos ovários pela LH. A grande diferença de concentrações é o que atrofia os folículos
e relaciona-se também com uma maior produção de GnRH no hipotálamo.
Sintomas
Os
primeiros sintomas dão-se geralmente logo após a primeira menstruação. A menstruação
não é regular, a mulher tem menos de oito ciclos
menstruais por ano,
amenorreia por quatro meses ou mais e períodos
de menstruação intensa e prolongada.
O elevado nível
de androgénios (hormonas masculinas) causa hiperandrogenismo
e aumento de peso. É um distúrbio que consiste num desequilíbri
entre as hormonas masculinas e femininas fazendo com que haja um aumento de pelos no rosto, nos seios e na região mediana do abdómen,
acne e excesso de peso. Isto deve-se devido ás celulas da teca dos ovários poliquísticos produzirem testosterona em
excesso em resposta à estimulação da produção de LH.
Implicações na Fertilidade
As mulheres com SOP não conseguem produzir folículos maduros com oócitos viáveis para serem expelidos devido ao aumento de LH e FSH no sangue, em resultado da secreção anormal de LH, que tem efeitos ao nível da foliculógenese, conduzindo a situações de não ovulação. Este défice deve-se a uma estimulação insuficiente das células foliculares pelo FSH e a uma grande estimulação pela insulina e pelo LH.
Dado isto, a mulher que não consegue completar o amadurecimento do folículo e vai acumulando folículos atrofiados no ovário, que se transformam em quistos, causando o espessamento da zona cortical do ovário. Apesar de inofensivos, os quistos não são viáveis, dando origem a uma situação de não ovulação. Sem ocorrer ovulação, o ciclo sexual não se completa, provocando amenorreia e, hiperplasia endometrial assim como complicações metabólicas.
Estudos realizados demonstram que os ovários poliquísticos têm 2 a 6 vezes mais folículos primários e secundários do que os ovários saudáveis, o que poderá estar relacionado com os níveis de testosterona. Uma situação aguda e prolongada de hiperandrogenismo faz com que alguns dos androgénios se convertam em estrogénios. Com efeito, os valores destes últimos, cronicamente altos, podem aumentar o risco de cancro do endométrio.
Implicações na Fertilidade
As mulheres com SOP não conseguem produzir folículos maduros com oócitos viáveis para serem expelidos devido ao aumento de LH e FSH no sangue, em resultado da secreção anormal de LH, que tem efeitos ao nível da foliculógenese, conduzindo a situações de não ovulação. Este défice deve-se a uma estimulação insuficiente das células foliculares pelo FSH e a uma grande estimulação pela insulina e pelo LH.
Dado isto, a mulher que não consegue completar o amadurecimento do folículo e vai acumulando folículos atrofiados no ovário, que se transformam em quistos, causando o espessamento da zona cortical do ovário. Apesar de inofensivos, os quistos não são viáveis, dando origem a uma situação de não ovulação. Sem ocorrer ovulação, o ciclo sexual não se completa, provocando amenorreia e, hiperplasia endometrial assim como complicações metabólicas.
Estudos realizados demonstram que os ovários poliquísticos têm 2 a 6 vezes mais folículos primários e secundários do que os ovários saudáveis, o que poderá estar relacionado com os níveis de testosterona. Uma situação aguda e prolongada de hiperandrogenismo faz com que alguns dos androgénios se convertam em estrogénios. Com efeito, os valores destes últimos, cronicamente altos, podem aumentar o risco de cancro do endométrio.
Diagnostico
Graças ao ultra-som, o diagnostico da doença foi facilitado.
Antigamente era feita uma pneumopelvigrafia,
em que se aplicava uma injecção de ar no abdómen para visualizar melhor os órgãos
pélvicos e feita uma radiografia. Nos dias de hoje, consegue obter-se um
diagnostico preciso com a sonda do ultra-som sobre a superfície externa do abdómen.
Também pode ser diagnosticado num exame de toque realizado no exame
ginecológico de rotina. O ovário tem mais ou menos 9cm³, o ovário Poliquistico
chega a ter mais do dobro do volume, 20cm³.
Aparência de um ovário Poliquistico: coberto por uma capa branca semelhante ao que evolve o testículo
com saliências na superfície formadas por quistos.
Fonte: http://maiorsonhosermae-site.webnode.com.pt/ovarios-policisticos/
Não cirurgico
A síndrome dos ovários poliquísticos é uma doença
cronica, logo, não há cura para a síndrome, mas sim, para os sintomas através
de medicamentos.
- · Para regular o ciclo menstrual, melhorar os quadros de hirsutismo, e acne, podem ser usadas as pílulas anticoncepcionais que atuam reduzindo o crescimento dos pêlos.
- · A metformina reduz os níveis de insulina e previne diabetes do tipo 2
Cirurgico
Se os medicamentos
não resultarem e a mulher continuar sem conseguir engravidar, existe uma cirurgia chamada perfuração ovariana laparoscópica
que é uma opção para algumas mulheres.
Nesta cirurgia, é feita uma pequena incisão no abdómen e inserido
um tubo ligado a uma pequena câmara (laparoscópio). A câmara fornece ao cirurgião
imagens detalhadas dos ovários e órgãos pélvicos. De seguida, o cirurgião insere
instrumentos cirúrgicos através de incisões pequenas e utiliza energia elétrica
ou a laser para queimar buracos em folículos sobre a superfície dos ovários. O objetivo
é o de induzir a ovulação.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Amenorreia
http://www.abc.med.br/p/saude-da-mulher/502675/hiperplasia+endometrial+o+que+e+quais+sao+as+causas+e+os+tipos+como+sao+feitos+o+diagnostico+e+o+tratamento.htm
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