A endometriose é uma doença localizada no endométrio.
Caracteriza-se pela presença de células endometriais fora da cavidade uterina,
como nas trompas de Falópio, bexiga, rins,
intestinos e pulmões.
O tecido endometrial nestes órgãos responde ás hormonas
ováricas (estrogénios e progesterona) tal como o endométrio que está no
interior do útero. Assim, cresce, modifica-se e descama. Os órgãos afectados
são inflamados devido a este ciclo o que causa fortes dores.
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Fonte: http://www.trocandofraldas.com.br/wp-content/uploads/endometriose-1.jpg
Etiologia
A causa exacta desta
doença é desconhecida. Contudo, existem várias teorias que a tentam explicar.
Segundo a teoria de Sampson (1927), a endometriose está associada a uma menstruação retrógrada. Sampson explicava que a causa poderia ser o facto de fragmentos do endométrio que se desprendem durante a menstruação, não serem expelidos e subirem pelas trompas até á cavidade abdominal, instalando-se e continuando a receber a informação e respondendo aos estímulos hormonais. Estas células localizadas fora do útero não são expelidas. Podem ter pequenos sangramentos que se curam e permanecem no mesmo sitio, formando quistos que podem atingir o tamanho de uma laranja, sendo depois estimuladas novamente durante o próximo ciclo.
Além das teorias que existem, os factores ambientais também estão relacionados com a doença, em especial químicos que contaminam o ambiente.
Fatores genéticos é outra das causas, a endometriose pode ser passada para as gerações seguintes e embora, normalmente, seja diagnosticada entre os 25 e os 35 anos, a doença começa quando a menstruação regular inicia.
Segundo a teoria de Sampson (1927), a endometriose está associada a uma menstruação retrógrada. Sampson explicava que a causa poderia ser o facto de fragmentos do endométrio que se desprendem durante a menstruação, não serem expelidos e subirem pelas trompas até á cavidade abdominal, instalando-se e continuando a receber a informação e respondendo aos estímulos hormonais. Estas células localizadas fora do útero não são expelidas. Podem ter pequenos sangramentos que se curam e permanecem no mesmo sitio, formando quistos que podem atingir o tamanho de uma laranja, sendo depois estimuladas novamente durante o próximo ciclo.
Além das teorias que existem, os factores ambientais também estão relacionados com a doença, em especial químicos que contaminam o ambiente.
Fatores genéticos é outra das causas, a endometriose pode ser passada para as gerações seguintes e embora, normalmente, seja diagnosticada entre os 25 e os 35 anos, a doença começa quando a menstruação regular inicia.
Sintomas
Em muitos casos, não há
sintomas. Algumas mulheres com casos graves de endometriose nunca sentem dor,
enquanto outras com endometriose leve sentem dor intensa. Mas os sintomas
poderão ser os seguintes:
- Menstruações dolorosas
- Dor abdominal ou cólicas que se extendem durante uma semana ou duas antes da menstruação
- Dor abdominal durante a menstruação
- Dor durante ou após a relação sexual
- Dor pélvica ou lombar que pode ocorrer a qualquer momento do ciclo menstrual
Implicações na fertilidade
O endométrio é uma
camada modificada sob ação hormonal, respondendo ás hormonas ováricas (estrogenios
e progesterona).
Esta camada tem como
responsabilidade dar as condições necessárias para que o óvulo fecundado, o ovo,
se implante e seja nutrido até que se
forme a placenta para permitir as trocas entre a mãe e o feto.
Ao longo do ciclo, o
tecido endometrial vai-se alterando no que diz respeito á espessura e descama
caso não haja fecundação e gravidez, regenerando depois para voltar a um novo
ciclo.
Quando termina a
menstruação, as camadas mais externas do endométrio saem juntamente com o sangue
menstrual, ficando apenas a parte mais interna do tecido. A partir daí, os
ovários segregam estrogénios que vão atuar no endométrio provocando o
crescimento das suas camadas e fazendo, assim, estimular o aparecimento de glândulas
e vasos sanguíneos até á próxima ovulação e produção de progesterona.~
Quando é produzida a progesterona,
o endométrio modifica-se tornando-se mais “protegido”, o que é importante para
o processo de nidação do ovo.
Este processo é prolongado
quando a mulher fica grávida, devido á permanência do corpo amarelo no ovário que
produz progesterona, assegurando a gravidez.
Não ocorrendo fecundação
nem consequentemente gravidez, o endométrio pára de ser estimulado devido à
paragem de produção de progesterona, sendo depois descamado e explelido através
da menstruação.
Muitas vezes, o que causa a
infertilidade nesta doença é o diagnóstico tardio, pois pode haver um
rompimento das trompas, que conduzem o ovulo até ao útero, além de se poder associar
a alterações hormonais que dificultam a gestação.
“A endometriose faz com que o número de óvulos
seja menor e menos eficiente. A doença não inviabiliza, mas diminui a
oportunidade de gestação”.
Diagnostico
A endometriose é cada vez mais diagnosticada nas
mulheres. De difícil diagnostico e tratamento, o ginecologista deve ser
especializado neste tipo de paciente.
O diagnóstico é feito por um exame
físico, ultrassom endovaginal especializado, exame ginecológico e outros exames
de laboratório.
O exame de toque deve ter uma atenção especial,
o que é fundamental no diagnóstico da endometriose profunda. Em alguns casos, o
ginecologista solicita uma ressonância nuclear magnética e uma ecocoloposcopia.
Este doença é difícil de diagnosticar por
um exame físico, ou seja, realizado durante uma consulta ginecológica de
rotina. Desta forma, os exames de imagem são mais adequados para indicar a
possível existência da doença, que será confirmada posteriormente por meio de
exames laboratoriais específicos.
Entre os exames de imagem, destacam-se:
- Ultrassonografia transvaginal – Procedimento mais barato que permite a identificação de endometriomas, aderências pélvicas e endometriose profunda.
- Ressonância magnética – Exame mais caro. A ressonância magnética apresenta melhores taxas de sensibilidade e especificidade na avaliação de pacientes com endometrioma e endometriose profunda.
Para identificar a existência da
endometriose, podem ser solicitados outros exames como a ultrassonografia
transretal, a ecoendoscopia retal e a tomografia computadorizada. Após a
identificação de alguma alteração, o médico poderá optar por realizar uma
biópsia de modo a confirmar o diagnóstico. Esta avaliação será realizada por
meio de exames chamados laparoscopia e laparopotomia.
Laparoscopia – Permite tanto o
diagnóstico como o tratamento da paciente. O procedimento é realizado através
de pequenas incisões na barriga, e a introdução de instrumentos telescópicos
para a visualização, e se for o caso, para a retirada das lesões. Este exame
também permite a recolha de material para avaliação histológica e tratamento
cirúrgico das lesões. O ideal é que seja realizado após terminar a fase de
avaliação por meio dos métodos de imagem, permitindo que o diagnóstico e o
tratamento possam ser feitos de maneira integrada. A Laparoscopia é mais
vantajosa que a Laparotomia, porque envolve um menor tempo de hospitalização,
anestesia e recuperação, além de permitir uma melhor visualização dos focos da
doença.
Laparotomia – É um procedimento
tadicional. Envolve uma incisão abdominal maior para chegar aos órgãos
internos, e pode ser indicada pelo médico dependendo das necessidades da
paciente.
Tratamento
A endometriose é uma doença crónica, por
isso o acompanhamento médico contínuo é fundamental.
Tratamento Cirúrgico
Laparoscopia
É possível eliminar apenas os
focos da doença ou as complicações que ela traz – como quistos, por exemplo. Em
situações mais sérias, os órgãos pélvicos poderão ter de ser removidos. Também é
possível recorrer a laparoscopia com laser, mas tudo depende das condições da
doença.
Tratamento Não Cirúrgico
·
Analgésicos
·
Anti-inflamatórios
·
Análogos de GNRH
·
Danazol
·
Dienogeste
Também é possível reduzir os
sintomas utilizando o DIU com levonorgestrel.
Caso a paciente deseje engravidar,
a melhor alternativa é a fertilização in vitro, logo, poderá ser aconselhada a
ir a um Centro de Reprodução Humana pois a endometriose não afeta a taxas de gravidez
quando é escolhido este método.
Não existe cura permanente para
a endometriose. O objetivo do tratamento é aliviar a dor e diminuir os outros
sintomas, como favorecer a possibilidadede gravidez e diminuir as lesões
endometrióticas.
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